A Obra do Advogado
(O Dom de Cristo, Parte 2)


Quero começar abordando logo de início o significado do subtítulo desses dois últimos estudos. “O Dom de Cristo” é, sim, algo que Ele nos dá; por exemplo, se eu lhe der R$ 50, estou lhe dando um presente. Mas também é “O Dom de Cristo” no sentido de que o próprio Cristo é o presente. Ele nos deu a Si mesmo e, portanto, é tanto o Doador quanto o Presente.

Pode-se perguntar: “Como Cristo nos deu a Si mesmo, este dom da Sua vida?” Ele o fez de duas maneiras distintas. Primeiro, Ele deu Sua vida por nós. Ele permitiu ser oferecido por nossa causa, para que nossos pecados fossem perdoados por meio da sua morte. Existem, é claro, muitos versículos da Bíblia que explicam isso claramente, e o livro de Hebreus em particular mergulha profundamente na teologia e neste simbolismo, dizendo: “Assim também Cristo ofereceu-se uma só vez para levar os pecados de muitos, e para aqueles que o buscam ele aparecerá pela segunda vez sem pecado, para a salvação.” (Hebr. 9:28)

Essa é a primeira maneira pela qual Yahshua nos deu a Si mesmo como um presente. A segunda maneira só pode ser adequadamente compreendida se a visão da Divindade for biblicamente correta. É por meio Dele mesmo como o Espírito Santo, como Ele prometeu: “Não vos deixarei órfãos; voltarei para vós. Ainda um pouco, e o mundo não me verá mais, mas vós me vereis; porque eu vivo, e vós vivereis. Naquele dia conhecereis que estou em meu Pai, e vós em mim, e eu em vós.” (João 14:18-20)

Seguindo o exemplo de nossos pioneiros adventistas, nós, na Igreja CSDA, não fazemos da “Questão da Trindade” uma prova de caráter de alguém em Cristo. É claro, no entanto, que uma visão adequada do Pai e do Filho é realmente importante para entender o relacionamento que Eles desejam ter conosco. Aqui, Cristo está dizendo que no dia em que Ele vier a nós em Seu Espírito, não apenas algo invisível e espiritual acontecerá, mas também algo de maneira perceptível. Ele diz: “Naquele dia conhecereis”, e o que conheceremos nós? Conheceremos a unidade do Pai e do Filho, e a unidade que temos com Eles, tudo por meio deste dom do Espírito Santo, o dom da vida de Cristo. Só porque algo não é diretamente um teste de comunhão, isso não significa que não seja importante e pode ser essencial para a aceitação do Evangelho que salva vidas.

Em nosso último estudo, vimos que o dom que Cristo nos dá é o perdão genuíno e total, e quando Ele nos diz, como no Evangelho de João: “Vá e não peques mais”, isso não é uma penalidade. Não é uma instrução para equilibrar a balança espiritual ou trabalhar para sair da condenação. É uma promessa já cumprida; é um convite a viver uma vida livre do pecado. É uma liberdade que somos instados a experimentar por nós mesmos, descobrindo para nossa alegria que nossas correntes foram quebradas. Não somos mais servos do pecado, porque Cristo nos fez servos da justiça. Esse contexto, essa atmosfera espiritual, “Vá e não peques mais” assume um significado mais brilhante e glorioso.

Uma vez que vemos isso, seu poder está em nós. Uma vez que entendemos isso, somos livres para fazer nossa escolha. Existem duas opções para o resto da sua vida. Será tristeza pelo pecado ou liberdade do pecado? Essa é a escolha que todos devem fazer, não algum dia, não no final da graça, não quando Yahshua voltar, mas no momento em que essas palavras são lidas. Como será o resto da sua vida? Qual dessas duas opções te proporciona a Vida de Cristo, o Espírito Santo? Uma deles conduz à recepção da Chuva Serôdia e poder para completar a comissão para a qual fomos chamados. A outra é como as coisas sempre foram, o que resulta em nada além de desapontamento, arrependimento e, por fim, resulta literalmente em nada.

A morte de Yahshua nos ofereceu perdão pelo pecado. Esse foi o resultado do primeiro sentido de Seu dom. Seu segundo dom de Si mesmo, o Espírito Santo em nós, nos guarda da transgressão. Mas isso não vem antes da decisão, antes do compromisso com a justificação pela fé. Ninguém descobre que de alguma forma foi liberto do pecado e então decide continuar sendo livre. Ninguém estuda e aprende até que algum nível de sabedoria divina seja alcançado para que o pecado seja vencido. Não, a decisão vem primeiro; o compromisso, o testemunho: “Agora descanso em Cristo e pelo Seu poder não pecarei mais”, esse é o seu voto, esse é o termo da aliança, e quando essa confissão é feita, a transformação ocorre. Lembre-se de que Cristo não podia curar aqueles que não acreditavam Nele (Marcos 6:1-6). Primeiro ouvimos, depois cremos e depois vemos o desenrolar. Requer um passo real de fé, para reivindicá-lo, acreditar nele e, então, viver nele mesmo antes de termos a “prova” de que fomos libertos. Nesse caso, como seria a prova?

Nosso compromisso, nosso testemunho seguro de que nos arrependemos do pecado – não atos pecaminosos individuais, mas o próprio pecado como um princípio que rouba a vida, permite que o Advogado, que é outro nome para o Espírito Santo, faça sua obra em nós. Antes, quando estávamos sendo chamados a Cristo, o Advogado trabalhou por nós; agora, ela opera em nós, e essa é uma distinção importante que precisamos entender.

Lemos, “Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; e se algum homem pecar, temos um advogado com o Pai, Jesus Cristo, o justo” (1 João 2:1). Falamos extensamente de como esse versículo foi usado, arrancado de seu contexto, para justificar a salvação no pecado. O propósito dos escritos de João, conforme declarado explicitamente, é que “não pequemos”. Essa é a instrução. Novamente: “Vá e não peques mais”. Mas João não está escrevendo para cristãos maduros, educados e espiritualmente seguros nesta carta em particular; ele se refere a eles como seus “filhinhos” e expressa compaixão por eles, mesmo ao explicar seu mal entendimento das Escrituras. Ele escreve, “Se nós dissermos que temos comunhão com ele, e andarmos em trevas, mentimos, e não praticamos a verdade.” (1 João 1:6)

Esta é a mentira que eles aceitaram. Foi isso que lhes permitiu justificar o pecado, a crença de que poderiam ter comunhão com Cristo enquanto caminhavam em escuridão ocasional. Ele escreve para eles para que abandonem esse equívoco fatal da salvação, que muitos cristãos hoje realmente acham reconfortante. A mentira, não a verdade, tornou-se seu Consolador. João escreve para eles para que se afastem dessa doutrina dos demônios, e se alguém descobrir que pecou, que tem andado nas trevas, então ele tem uma solução. Não somos deixados à colher todas as consequências de nosso erro. Todo pecado, mesmo na ignorância, tem uma consequência que deve ser suportada, mas temos um Advogado junto ao Pai, que nos restaura, que nos cura. E é realmente interessante que aqueles que usam 1 João 2:1 para justificar o pecado voluntário ocasional enquanto afirmam ser salvos inevitavelmente param de ler antes dos versículos 3 e 4, que continuam com o mesmo pensamento, e nos dizem o resultado de aceitar a correção de João: “E nisto sabemos que o conhecemos, se guardarmos os seus mandamentos. Aquele que diz: Eu o conheço, e não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, e a verdade não está com ele.” (1 João 2: 3, 4) Quando O conhecemos, guardamos Seus mandamentos; essa é a ordem apropriada – primeiro, a fé que surge do conhecimento de Yahweh, e depois a justiça através dessa fé.

João chama aqueles que não entendem isso de “mentirosos” e sem a verdade. São palavras bem diretas, mas são proporcionais ao erro. Elas são adequados ao nível de engano que João está combatendo. Os cristãos então, assim como muitos cristãos professos hoje, criam que o pecado na vida do crente é uma realidade inevitável. João lhes escreveu para dizer especificamente: “Não é assim”. E observe que João não os ameaça com condenação. Muitos aspirantes a reformadores pensam que sua ferocidade é uma indicação da plenitude de seu amor; pode ser, em relação a um indivíduo específico, mas observe como o apóstolo cheio do Espírito lida com isso para uma audiência geral. Ele diz: “Estas coisas vos escrevo, para que não pequeis”. Ele lhes diz qual é o seu propósito em escrever-lhes. Então ele diz a eles como chegar lá. Ele explica qual foi o erro deles e os adverte contra a propagação da corrupção e “os que vos seduzem” (1 João 2:26), que os atraíam a uma falsa compreensão do que o Evangelho faz na alma. Ele apela para o conhecimento que eles já possuem e os lembra da diferença entre o amor e o pecado.

Certifiquemo-nos de que entendemos a mensagem de João na sua totalidade, e então podemos falar com autoridade contra aqueles que tiram do contexto uma ou duas frases e as usam para sua própria destruição e para a própria sedução de outros que João está contestando. Aqueles que negam a vitória sobre o pecado estão desesperados para que outros também não acreditem nela, porque essa é a única maneira pela qual eles podem justificar sua experiência fracassada do cristianismo; portanto, tornam-se agentes do próprio Inimigo.

É significativo que João se refira naquele versículo controvertido ao “Advogado”. É a mesma palavra traduzida em outro lugar como “Consolador” e nos conforta ao advogar por nós, ao agir em nosso nome. Isso é feito de várias maneiras, por exemplo, “Semelhantemente o Espírito também nos ajuda em nossas fraquezas; porque não sabemos o que devemos orar como convém, mas o próprio Espírito intercede por nós com gemidos que não podem ser proferidos” (Rom 8:26). O Espírito purifica nossas orações para que sejam aceitáveis diante do Santo Trono. Nós lemos, “E a fumaça do incenso, que vinha com as orações dos santos, subia da mão do anjo até diante de Deus” (Apoc 8:4). Essas são nossas orações, e o incenso é a obra do Espírito, o Advogado, que as torna um doce aroma para nosso Pai. É por isso que ninguém deve ter vergonha de orar quando solicitado; o Espírito Santo transforma até a mais desajeitada das ofertas em algo de grande beleza.

E aqui na terra? Qual é o trabalho do Advogado? Com o que se parece? Não é para justificar os incrédulos. Não é para trazer as pessoas para a fé, pelo menos não abertamente. Sim, ele trabalha no coração, mas seu trabalho é imperceptível. Como eu disse anteriormente, antes da conversão, o Espírito de Yahshua trabalha por um indivíduo, atraindo-o, despertando-o para os sinais do amor do Pai. Depois, porém, e somente depois, o Espírito entra em nós como a presença interior de Cristo, e então começamos a trabalhar no poder do Espírito; ele faz seu trabalho através de nós em favor de outros. Esse é o fim do egoísmo e o começo da vida eterna.

Não esperamos a presença do Espírito Santo naqueles que ainda não se converteram. E pode ser que haja alguns que seguiram Yahshua por muitos anos, e genuinamente acreditam ser convertidos; no entanto, embora o Espírito trabalhe com eles e os atraia, eles não reivindicam nem experimentam a vitória sobre o pecado que sua presença sempre proporciona. Alguns crentes, e sabemos que são crentes porque não havia evidência de fraude ou engano, nem mesmo sabiam o que era o Espírito Santo. Como tal, sua jornada para a vida eterna ainda não estava completa. Nós lemos, “E aconteceu que, enquanto Apolo estava em Corinto, Paulo, tendo passado às regiões superiores, chegou a Éfeso. E, encontrando alguns discípulos, disse-lhes: Recebestes vós o Espírito Santo quando crestes? E eles disseram-lhe: Nós sequer ouvimos se há algum Espírito Santo. E ele disse-lhes: Em que sois batizados, então? E eles disseram: No batismo de João. Então Paulo disse: Certamente João batizou com o batismo do arrependimento, dizendo ao povo que eles cressem naquele que viria depois dele, isto é, em Cristo Jesus. E eles ouvindo isto, foram batizados no nome do Senhor Jesus.” (Atos 19:1-5)

Uma palavra ali me parece de algum significado. Paulo perguntou-lhes: “Em que, então, fostes batizados?” Essa palavra “então” é digna de nota. Pesquisei esse versículo em várias Bíblias para ver se era uma peculiaridade da versão King James, e todas o incluem. Em grego, tem um significado como “portanto”. O tom de Paulo aqui não é casual, é investigativo. “Uma vez que você foi batizado”, ele está perguntando, “como você não ouviu falar de algo tão importante?” E não desejamos especular sobre a natureza desses homens; eles seguiram toda a luz que estava disponível à eles. No entanto, ao ouvirem que faltava um elemento importante em sua educação, eles sentiram a necessidade de serem batizados. Eles sentiram a necessidade de completar o processo de conversão, que tem como elementos externos o arrependimento, em seguida a fé e, por fim, o batismo.

Agora o Espírito Santo, que era Cristo para eles sem as limitações da humanidade, poderia enchê-los diretamente e produzir dons sobrenaturais. O versículo 6 logo depois nos diz que o Espírito Santo veio sobre esses doze ou mais homens, e eles começaram a falar em línguas e a manifestar o dom de profecia. Eles foram capazes de cumprir um potencial que ainda não haviam percebido, que é exatamente o que a justificação pela fé e a vitória sobre o pecado é para a maioria dos que afirmam ser de Cristo. Suponha que você tivesse perguntado a esses homens, cinco minutos antes de encontrar Paulo: “Você pode profetizar? Você pode realizar alguma obra milagrosa?” A resposta deles obviamente teria sido: “Não”. Eles não tinham noção de que eram capazes de tais ações. E, no entanto, quando foram cheios do Espírito, sem nenhum esforço próprio, produziram obras notáveis. Da mesma forma, se você perguntar a um cristão nominal: “Você parou de pecar? Você tem o testemunho de Cristo e sempre faz as coisas que agradam ao Pai?” eles provavelmente responderiam da mesma maneira: “Tal coisa é impossível. Nunca me ocorreu falar e agir dessa maneira.”

O que faltava então, e falta agora em tais indivíduos, é a o poder do Espírito Santo habitando neles. A vitória é, de fato, o mais importante de todos os milagres. É o dom espiritual supremo. E para a maioria dos cristãos professos falta, porque eles não entendem a obra do Advogado. Neles, a justificação pela fé é um potencial não realizado, mas é necessário para a vida eterna e para o tempo de angústia que está por vir. Somos chamados, nesta geração, a um conhecimento ainda mais perfeito do Pai e do Filho.

A obra interna do Advogado é a santificação, não a justificação. O Espírito Santo não pode entrar em um lugar que ainda não esteja limpo, ou em uma alma que ainda não tenha tomado essa decisão, esse compromisso com a vida livre de pecado, a própria vida de Cristo.

Apague completamente e para sempre, a ideia de que você está ganhando alguma coisa. Foi Yahweh quem o limpou e Yahweh quem o encheu com a vida que você vive agora. Estou falando aqui aos santos, aqueles que testificam que nasceram de novo, que estão cheios deste Espírito, e que a Semente de Yahweh permanece neles, guardando-os de cair, declarando neles que sempre fazem o que agrada o Pai.

Fazemos essas coisas porque o Espírito manifesta em nós um dom sobrenatural, o dom da união com a natureza divina, de modo que até mesmo demônios poderosos, maiores do que nós em força e astúcia, não podem vencer nem mesmo este pequeno ser vestido em carne pecaminosa. O mundo não pode acreditar neste milagre, porque sua realidade os convence e sua recusa os condena. Não é, e nunca poderia ser, algo que realizamos. Quando digo a alguém: “Gostei da sua camisa”, não o estou elogiando por desenhar ou fazer sua roupa. Estou admirando a sua escolha em usá-lo. Da mesma forma, quando nos regozijamos com o testemunho vitorioso de nossos irmãos, não os estamos elogiando por criarem sua própria justiça. Não os estamos parabenizando. Estamos louvando a Jeová por eles terem escolhido vestir o manto puro e imaculado do Messias. Pense nisso quando aqueles que são justificados pela fé são acusados de falta de humildade.

A obra do Advogado é habitar em todos os que escolheram a Cristo como sua justiça e produzir daquele vaso limpo uma vida gloriosa e vitoriosa. É assim que Cristo nos deu o dom de si mesmo uma vez mais. Primeiro na cruz, e agora uma segunda vez através de nossas vidas livres do pecado.

Eu tenho falado aqui para os santos, mas se isso é um testemunho de algum desejo, que eles genuinamente querem, mas ainda não acreditam que tenham experimentado, apenas considere onde você está. Considere onde você está, agora. Você está na presença Daquele que concede esse desejo. Na verdade, você está na presença Daquele que o alertou de que isso era possível. Você está ouvindo as palavras certas. À nossa carne, e aos nossos sentimentos, parece um grande risco confiar tão completamente num Advogado invisível, confiar num milagre tão dolorosamente raro nesta última geração.

Eu descrevi este ponto, de como chegar a decisão sobre a vitória sobre o pecado, como estar na beira de um penhasco e pular, sabendo que você não pode voar, e que sua única esperança é Yahshua te apanhar. Esse é o sentimento com a vida que você está deixando para trás para sempre, mas você deve confiar que Yah o segurou em Sua mão direita e lhe dará asas feitas de Seu próprio Espírito. Você deve confiar que Ele sabe, melhor do que você, o que irá completá-lo, o que irá satisfazê-lo. Não pense no que você está deixando para trás; é apenas um sacrifício de sentimentos, não a realidade. Você não está perdendo nada de bom e ganhando tudo o que é perfeito. Você está se tornando tudo o que deveria ser, cumprindo o potencial que a mensagem de Paulo destravou naqueles homens em Atos 19, quando ele lhes falou sobre o Espírito Santo. E claro, a mudança pode ser assustadora. Isso vai contra a tendência da carne de se preservar a todo custo, de manter as coisas estáveis, convenientes e familiares, mas Yahshua disse: “Porque aquele que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; e quem perder a sua vida por minha causa, achá-la-á.” (Mat 16:25) O homem natural, ao buscar preservar seu estado atual, está se apegando às migalhas que conhece, que jamais irão saciar sua fome. Ele está sendo convidado para um banquete. Você está convidado para um banquete. Mais do que isso, é um banquete que seu Pai sabe que você precisa. Não deixe que nada, nenhum pensamento ou sentimento o impeça de fazer essa escolha resoluta. Qualquer coisa que faça uma alternativa à escolher Yahweh parecer melhor é uma ilusão do Inimigo.

Uma vez que você fez essa escolha, você está limpo, está lavado. Tudo o que havia em você de rebelião, de pecado voluntário, é levado pelo fogo. Desde o início do seu nascimento em Cristo, você é uma nova criatura. Você está limpo e agora o que é santo pode habitar em você.

Lembre-se dessa Escritura: “E os sacerdotes trouxeram a arca do pacto do SENHOR até ao seu lugar, dentro do oráculo da casa, ao lugar santíssimo, bem debaixo das asas dos querubins. E sucedeu, quando os sacerdotes haviam saído do lugar santo, que a nuvem encheu a casa do SENHOR, de tal modo que os sacerdotes não conseguiam ficar de pé para ministrar por causa da nuvem; porque a glória do SENHOR havia enchido a casa do SENHOR.” (1 Reis 8:6, 10, 11) Irmãos, este é um retrato de vocês. Este é o Pentecostes; é disso que estou falando. Essa glória irresistível de Yahweh é o mesmo Advogado que habita dentro dos santos. Há alguns aqui que lerão estas palavras, a quem sou inspirado a dizer: “Você não tem nada a temer. Ninguém, nem família, nem amigos, nem ninguém, pode tirar vantagem de você. Porque você se comprometeu com Cristo e tem o sinal da Sua aliança gravado em seu coração, você está cheio de glória e ninguém pode resistir a você”. Yahshua colocou em meu coração orar por alguns aqui e dizer a eles: “Vocês não têm nada a temer. Nada pode, de forma alguma, prejudicá-lo. Você não tem nada a temer nunca mais.”

Este é o relacionamento que temos com nosso Pai. Ele nos lava, coloca sua aliança dentro de nós, um compromisso com sua Lei, e então nos enche de glória para que nenhum ser humano, nem mesmo o mais virtuoso dos homens mortais, possa se colocar diante de seu brilho através de nós. Ele não está tentando, como muitos cristãos acreditam, fazer-nos “superar a culpa”, melhorar até que gradualmente afastemos o mal. Não, essa não é a imagem fornecida por 1 Reis 8, ou qualquer outra Escritura. É uma transformação gloriosa, um preenchimento com majestade, não um mancar até a linha de chegada.

Está escrito sobre este tempo da Colheita, “O Filho do Homem enviará os seus anjos, e eles colherão do seu reino tudo que escandaliza, e os que praticam a iniquidade.” (Mat 13:41) Isso não é no, ou depois do fim da graça. Isso é agora, enquanto esforços extenuantes estão sendo feitos para encontrar e reunir os santos em um Corpo, como eles sempre deveriam ser. “Todas as coisas que ofendem” são proibidas de entrar no Reino de Yah. É verdade no mundo vindouro, o que significa que deve ser verdade para nós, internamente, para todos aqueles que veremos nas ruas de ouro. Lembre-se, o que ligamos e desligamos aqui na terra, o mesmo será banido ou permitido no Reino. (Mat 16:19, Mat 18:18) Isso também é Sábado, não uma luta contra a culpa, porque é isso que impede as pessoas de entender o testemunho, a ideia de que “não sou bom o suficiente para Deus”. Sempre que alguém diz isso, ou suas palavras refletem esse pensamento, você sabe que eles estão tentando merecê-lo. Eles ainda não foram lavados desse egoísmo. Ninguém pode afirmar ter alcançado a bondade, ou a justiça, mas em Cristo, nós somos feitos assim. E depois que estivermos EM Cristo, somente Satanás nos lembrará da nossa carne. O Pai e o Filho não lembram ao Seu povo como Eles são diferentes de nós. Não, eles falam de como somos iguais a Eles. Lembre-se bem disso: somente Satanás quer que vivamos na contemplação dessa diferença, exceto onde essa diferença nos mantém humildes e em atitude de adoração.

E assim, irmãos, temos muito, e muito, sobre o que nos alegrar. Temos um Criador e Salvador que não pode falhar. Temos a dádiva da vida de Cristo, oferecida para nos redimir da morte, e então derramada como raios de luz em nossos corações para evitar que sempre caiamos de novo nas trevas. Tudo o que devemos fazer é aceitá-lo, não de maneira casual e descuidada, mas de maneira inteligente e racional. Nós nos arrependemos do pecado, de todo pecado, e nos entregamos aos cuidados do Pai agora e por toda a eternidade. Nós nos entregamos aos Seus cuidados e, em resposta, Ele nos enche de vida, luz e poder por meio da obra de Seu Advogado. Provamos, de fato, os poderes do mundo vindouro, e dele nunca retiraremos nossa mão.

David.
Traduzido por Sis. Arlete

Um testemunho duradouro

“O Espírito Santo é o sopro da vida espiritual na alma. A comunicação do Espírito é a transmissão da vida de Cristo. Reveste o que O recebe com os atributos de Cristo.” {O Desejado de Todas as Nações pg. 568}

“Mas Cristo declarou de Si mesmo: “Aproxima-se o príncipe deste mundo, e nada tem em Mim.” João 14:30. Satanás nada pôde achar no Filho de Deus que o habilitasse a alcançar a vitória. Tinha guardado os mandamentos de Seu Pai, e não havia nEle pecado que Satanás pudesse usar para a sua vantagem. Esta é a condição em que devem encontrar-se os que subsistirão no tempo de angústia.” {O Grande Conflito pg. 623}

“A religião de Cristo significa mais que o perdão dos pecados; significa remover nossos pecados e encher o vácuo com as graças do Espírito Santo. Significa iluminação divina e regozijo em Deus. Significa um coração despojado do próprio eu e abençoado pela presença de Cristo. Quando Cristo reina na alma há pureza e libertação do pecado. A glória, a plenitude, a perfeição do plano do evangelho são cumpridas na vida. A aceitação do Salvador traz paz perfeita, perfeito amor, segurança perfeita. A beleza e fragrância do caráter de Cristo manifestadas na vida, testificam de que em verdade Deus enviou Seu Filho ao mundo para o salvar.” {Parábolas de Jesus pg. 228}

“Cristo não manda Seus seguidores esforçarem-se para brilhar. Diz: Resplandeça a vossa luz. Se tendes recebido a graça de Deus, a luz está em vós. Removei os empecilhos, e a glória do Senhor será revelada. A luz resplandecerá para penetrar e dissipar a escuridão. Não podeis deixar de brilhar dentro do círculo de vossa influência.” {Parábolas de Jesus pg. 229}

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